O consumo mundial de chocolate está em alta e isso está mexendo com o preço do cacau na Bolsa de Nova York. Na Bahia, os produtores aproveitam o momento para investir mais nas lavouras. A safra de cacau 2013/2014 no sul da Bahia vai se despedindo, confirmando queda na produção em relação à anterior. Na safra passada, a Bahia colheu 180 mil toneladas da amêndoa, enquanto nesta, os números não devem ultrapassar 140 mil toneladas. Segundo analistas do mercado cacauicultor, a produção brasileira e mundial não está acompanhando a demanda pelo fruto. O consumo de chocolate está maior. O Brasil já é o quarto consumidor mundial, com média de 3,5 quilos por pessoa ao ano, mas apenas o sexto em produção. Aumento na procura e retomada de novos mercados, que estavam estagnados já significam melhor preço da amêndoa para 2014. "A formação do preço do cacau é parametrizado pela Bolsa de Nova York, o câmbio se elevou e a elevação de mercado fez com que, internamente, falando do estado da Bahia, a gente alcance preços de R$ 105, a R$ 110 a arroba", explica Adilson Reis, analista de mercado. A Bahia produz 60% da safra brasileira de cacau e a valorização devolve a esperança para produtores como Marcelo Miazato, que começa a projetar dias melhores para o cacau baiano, que há anos tenta se recuperar da vassoura de bruxa, doença que destruiu grande parte da cultura nos anos 90. “Este preço é um alento porque a gente está dependendo de recursos próprios para recuperar a lavoura, investimentos em replantio, em genética e fertilização. "Esse preço nos fortalece para continuar o processo de recuperação", diz