Pressão baixista na cotação do milho tem breve alívio com alta do petróleo Conflitos no Oriente Médio elevaram preço do óleo, concorrente do cereal Após oito sessões consecutivas de queda, a cotação do milho retornou a patamares de dezembro de 2023 no mercado doméstico após acumular desvalorização de quase 9% em janeiro. A saca de milho foi negociada a R$ 63 na última sexta-feira (dia 19), segundo o indicador do Cepea. Segundo pesquisadores, a pressão vem da menor demanda e da flexibilidade de parte dos vendedores. No mercado externo, a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), que também vinha em baixa, apresentou ligeira recuperação hoje, especialmente pelo alta do petróleo devido aos conflitos no Oriente Médio. De modo geral, os negócios continuam lentos. Consumidores aguardam novas desvalorizações do cereal no curto prazo, fundamentados no avanço da colheita da safra verão, que deve aumentar a disponibilidade sobretudo no Sul do País. Além disso, a colheita de soja ganhando ritmo tende a elevar a necessidade de liberação dos armazéns. Preço do milho hoje A CBOT para o milho fechou a sessão com preços levemente mais altos. Em dia volátil, o mercado oscilava até os últimos momentos do pregão. Por fim, os contratos se consolidaram no território positivo, sustentados por sinais de demanda para o cereal norte-americano, ainda que o dólar tenha revertido e subindo em relação a outras moedas. Os ganhos do petróleo também atuaram positivamente. A valorização foi limitada, ainda, pelo cenário de uma ampla oferta global de acordo com o relatório divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e a melhora do clima para o desenvolvimento das lavouras na América do Sul. Na sessão, os contratos futuros de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 4,45 3/4 por bushel, ganho de 0,25 centavo de dólar, ou 0,05%, em relação ao fechamento anterior. A posição março de 2024 fechou a sessão a US$ 4,56 1/4 por bushel, alta de 0,25 centavo de dólar, ou 0,05%, em relação ao fechamento anterior.