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24/01/2024 - https://news.agrofy.com.br/noticia/203504/soja-sobe-em-chicago-mas-nem-o-pior-cenario-no-brasil-vai-disparar-precos
Soja sobe em Chicago, mas nem o "pior cenário" no Brasil vai disparar preços
Quebra brasileira será mais que compensada por outros países, como Argentina
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços mais altos.
Após atingir na semana passada os patamares mais baixos em dois anos, o preço da saca de soja engata a segunda sessão seguida de recuperação técnica.
As incertezas sobre o tamanho da safra brasileira servem de pretexto para as compras por parte de fundos e especuladores. O grande ponto de atenção dos agentes segue sendo a safra sul-americana.
No Brasil, por conta da estiagem, a safra ficará abaixo do estimado inicialmente. A dúvida é saber o quanto abaixo a produção ficará. USDA e Conab indicam produção de 157 milhões e 155 milhões respectivamente, cenário considerados muito otimistas.
Circularam no mercado estimativas mais alarmistas, de até 135 milhões de toneladas, o que, aparentemente, é corte muito acima das previsões de consultorias privadas.
Safras & Mercado mantém previsão de 151,36 milhões de toneladas, cerca de 10 milhões abaixo do esperado inicialmente. Mas a perda no Brasil deve ser mais do que compensada pelo aumento de outros produtores, principalmente da Argentina.
Na temporada passada, a falta de chuvas fez com que os argentinos colhessem menos do que a metade do estimado. Já na atual, o quadro é positivo e se espera 30 milhões de toneladas a mais para ingressarem no mercado.
Preço da soja hoje
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 15,25 centavos de dólar, ou 1,24%, a US$ 12,39 1/2 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 12,47 por bushel, com ganho de 14,00 centavo ou 1,13%.
Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com alta de US$ 5,30 ou 1,48% a US$ 361,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 48,21 centavos de dólar, com alta de 0,05 centavo ou 0,10%.